segunda-feira, 10 de agosto de 2020

Indutivismo, Falsificacionismo e a Estrutura das Revoluções Científicas





Indutivismo: Ciência como conhecimento dos dados da experiência. (século XVII)

1)  Para o senso comum uma concepção muito aceita é a de que “conhecimento científico é conhecimento provado A experiência tornou-se a fonte do conhecimento.
2) Indutivismo ingênuo: A ciência começa com a observação; a observação faz algumas afirmações a respeito do estado do mundo, ou de alguma parte dele, podem ser justificadas ou estabelecidas como verdadeiras de maneira direta pelo uso dos sentidos do observador não preconceituoso.
Afirmações singulares referem-se a uma ocorrência específica ou a um estado de coisas num lugar e num tempo específico. É claro que todas as proposições de observação serão afirmações singulares. O raciocínio indutivo faz o movimento das afirmações singulares para que alcancem as proposições universais.
3)    Princípio da indução: “Se um grande número de “As” foi observado sob ampla variedade de condições, e se todos esses “As” observados possuíam sem exceção a propriedade “B”, então todos os “As” têm a propriedade “B”.
4)    Qual o processo para a elaboração de previsões e explicações: levar a indução à dedução.
* Atos particulares
* Proposição de observação
* Conclusão universal
* Processo dedutivo

O Falsificacionismo (século XX)

A falsidade de afirmações universais pode ser deduzida de afirmações singulares.
Karl Popper nasce em Viena em 1902 – discorda totalmente e se coloca contra o ponto de verificabilidade.
Uma hipótese é falsificável se existe uma proposição de observação ou um conjunto delas logicamente possíveis que são inconsistentes com ela, isto é, que se estabelecidas como verdadeiras, falsificariam a hipótese. Ela tem que ser precisa e objetiva.
Quanto mais falsificável melhor a teoria: quanto mais uma teoria afirma, mais oportunidade potencial haverá para mostrar que o mundo de fato não  se comporta da maneira como mostrado pela teoria.
Diferenças entre o indutivismo e o falsificacionismo:

O indutivismo – tem como característica uma visão cumulativa
O falsificacionismo – quanto mais audaciosa a teoria – mais testada e criticada ele será, o progresso e o prestígio da teoria aumentam. Uma teoria será melhor que  outra quanto mais falsificável for. Se a teoria é reprovada, deverá ser abandonada, segundo Popper.
Por que o falsificacionismo se torna inadequado em bases históricas?
Nem sempre as teorias foram abandonadas – porque nem os indutivistas, nem os falsificacionistas dão um relato da ciência compatível com a história.
Karl Popper
Falseabilidade, falsificabilidade ou refutabilidade é um conceito importante na filosofia da ciência (epistemologia), proposto por Karl Popper nos anos 1930, como solução para o chamado problema da indução. Para uma asserção ser refutável ou falseável, em princípio será possível fazer uma observação ou fazer uma experiência física que tente mostrar que essa asserção é falsa.

Por exemplo: a afirmação "todos os corvos são pretos" poderia ser falseada pela observação de um corvo vermelho. A escola de pensamento que coloca a ênfase na importância da falseabilidade como um princípio filosófico é conhecida como Falsificacionismo.



Thomas Kuhn e A Estrutura das Revoluções Científicas

Thomas Kuhn foi um daqueles pesquisadores da Filosofia da Ciência que defenderam o contexto de descoberta, o qual privilegia os aspectos psicológicos, sociológicos e históricos como relevantes para a fundamentação e a evolução da ciência.
Para Kuhn, a ciência é um tipo de atividade altamente determinada que consista em resolver problemas (como um quebra-cabeça) dentro de uma unidade metodológica chamada paradigma. Este, apesar de sua suficiente abertura, delimita os problemas a serem resolvidos em determinado campo científico. É ele que estabelece o padrão de racionalidade aceito em uma comunidade científica sendo, portanto, o princípio fundante de uma ciência para a qual são treinados os cientistas.

“A estrutura das revoluções científicas” - (século XX )

Thomas Kuhn considera a história como um laboratório.
Principais características:

1) Caráter revolucionário do progresso científico
2) Analisa o caráter sociológico das comunidades científicas ( traz para a ciência o aspecto da comunidade). Tem visão tradicional de continuísmo.
Como ocorre o progresso na ciência:

Pré- ciência
Ciência Normal
Crise – revolução ( anomalias)
Nova Ciência Normal
Nova Crise

Pré-ciência é aquela que não precisa de paradigma, ou seja, que não usa modelo.
Ciência Normal é a ciência executada a luz de um determinado paradigma. Thomas Kuhn nos diz que a ciência começou a partir de Copérnico (século XV/XVI).
O Paradigma é um modelo, um padrão a ser seguido. ( a comunidade cientifica acredita no mesmo paradigma).
As anomalias são fracassos que impedem que a teoria se mantenha.
Os paradigmas podem ser derrubados, existe uma impossibilidade de se mensurar os paradigmas, eles muitas vezes continuam sendo utilizados por alguns cientistas, que formam comunidades.






Vídeo: Isabel Mourad. 

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