Os filósofos iluministas
fizeram parte de um movimento conhecido como Iluminismo, ou Século das Luzes.
Essa corrente filosófica surgiu em território francês em meados do século XVII.
O termo Iluminismo
refere-se justamente à perspectiva de trazer à luz as ideias dos pensadores da
época, que através de uma nova forma de pensamento, baseado no racionalismo e
no saber científico, tinham como objetivo “iluminar” a sociedade europeia, que
se encontrava imersa nas crenças religiosas.
O movimento iluminista se
espalhou por vários países da Europa, principalmente Inglaterra e Alemanha, até
atingir outros continentes. Aos poucos, a religião e o misticismo foram sendo
substituídos pelo pensamento racional em todas as regiões. Para conhecer um
pouco mais sobre esse movimento e as ideias dos principais teóricos dessa
corrente filosófica, continue a leitura.
O movimento Iluminista
Além de defender o saber
científico e a racionalidade, as ideias iluministas se centravam em elementos
como a igualdade, liberdade e fraternidade, ideias que nortearam a Revolução
Francesa, a separação da Igreja e do Estado, a tolerância religiosa, e
principalmente a oposição à monarquia absolutista e aos dogmas da Igreja
Católica Romana.
Principais filósofos
iluministas
A maioria dos filósofos
iluministas compartilhavam da mesma ideia central, mas cada um contribuiu de
uma forma diferente para o movimento. Entre os pensadores que atuaram durante o
movimento, os que mais se destacaram foram:
John Locke
John Locke provavelmente
é um dos filósofos iluministas mais conhecidos. O inglês, considerado o “pai”
do liberalismo e fundador do empirismo, defendia a liberdade de expressão.
Locke tinha algumas ideias polêmicas que causaram grandes conflitos na época.
Contrariando os dogmas do catolicismo, o filósofo não acreditava que Deus tinha
o controle sobre o destino dos homens.
Voltaire
Voltaire foi um filósofo
francês muito importante, suas ideias foram essenciais não só para o movimento
iluminista, mas também apara a Revolução Francesa. Voltaire escreveu mais de 70
obras entre livros, romances, poemas e peças de teatro. Entre as temáticas
escolhidas pelo autor estava a crítica a Igreja Católica (o que resultou em sua
prisão), o liberalismo, e a crítica ao absolutismo.
Jean-Jacques Rousseau
Jean-Jacques Rousseau foi
um filósofo suíço muito à frente do seu tempo. Naquele período, Rousseau já
defendia a democracia direta e a soberania popular. Nesse sistema os indivíduos
deveriam ter participação ativa nas decisões políticas. O filósofo também
publicou muitas obras, sendo a principal delas “Do contrato Social”, de 1762.
Diferente dos outros
iluministas, Rousseau não compartilhava da ideia do individualismo. Segundo o
autor, a igualdade não seria alcançada se as pessoas tivesses propriedade
privada. Para ele, o bem-estar social só poderia ser alcançado se a posse de
bens acabasse, todos deveriam ter acesso às mesmas coisas, compartilhar do
mesmo poder.
Montesquieu
Montesquieu foi um
filósofo francês que atuou principalmente na área da política e da psicologia.
Ele foi o responsável por construir a teoria de separação dos três poderes, Legislativo,
Executivo e Judiciário, que é utilizado atualmente no Brasil. Assim como os
demais, Montesquieu também tinha um posicionamento contrário à monarquia e para
evitar o domínio absoluto por parte dos monarcas, era melhor dividir o governo
em três âmbitos. O grande problema dessa ideia é que o filósofo delimitava o
acesso às pessoas que tinham renda e propriedades, ou seja, aqueles que faziam
parte das camadas mais pobres não teriam direito de participar dessa estrutura.
Adam Smith
Adam Smith foi um
filósofo e economista francês. Ele é considerado o pai da economia moderna e é
também uma referência quando o assunto é o liberalismo econômico. Foi Smith que
instituiu os conceitos de auto interesse e o da “mão invisível” do
mercado.
Durante a ascensão do
capitalismo, suas ideias foram amplamente aceitas. O economista era contrário à
intervenção do Estado na economia e a favor do livre mercado. Segundo ele, essa
“mão invisível” seria responsável por balancear a economia.
Denis Diderot
Denis Diderot também
defendia o conhecimento racional e científico, o filósofo francês foi
responsável pela primeira enciclopédia do mundo. Juntamente com Jean Le Rond d ‘Alembert
ele foi responsável por disseminar a filosofia iluminista por todos os lugares.
Ambos negavam a influência de Deus sobre o destino dos homens e também
acreditavam que qualquer forma de religião causava um desequilíbrio na
sociedade.
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