domingo, 23 de outubro de 2016

Aula de Estética ( 3ªs séries do Ensino Médio)

Aula 1 de Estética.

Conceito e história do termo: Embora a arte faça parte do mundo humano desde a Pré-história e tenha ocupado lugar de grande importância em todas as civilizações, a palavra estética só foi introduzida no vocabulário filosófico em 1750 pelo filósofo alemão Alexander Baumgarten.
Etimologia:
Estética. Do grego aisthesis, significa “faculdade de sentir”, “compreensão pelos sentidos”, “percepção totalizante” ( perceber o todo).
Segundo Baumgarten a estética é a experiência sensível, e a partir do estudo da estética podemos desenvolver uma “ciência do sensível” (experiência) pensando o sensível segundo um critério.
Podemos dizer que a estética é uma reflexão filosófica enquanto uma experiência do sensível.
Não há experiência estética sem o sensível. Este sensível nos leva a procurar conhecer o conceito de arte, mas não é qualquer sensível, mas aquele que a obra de arte nos apresenta.
Seguindo alguns critérios, podemos iniciar esta experiência ou este movimento, que nos levará à experiência estética:
1)      Observação [ observar com atenção]
2)      Descrever [ tentar passar a real figura da obra de arte com palavras]
3)      Interpretar [ deve basear-se nos elementos da obra]
4)      Avaliação estética [ atribuir valor: falar sobre as qualidades da obra]
5)      Reflexão filosófica [ pensar sobre a obra e sobre o que ela significa]

Segundo Paul Valéry[1], “A superioridade do homem sobre os restantes seres da natureza, é devida aos seus pensamentos inúteis”.
É na inutilidade da arte que fazemos a diferença, buscando a contemplação ou a expressão do que sentimos. A obra de arte nos oferece meios para purificarmos nosso “espírito”, ou alimentar a nossa “mente”. 
Exercício de reflexão
Apesar do valor intrínseco da arte, a educação estética para Schiller não é um fim em si mesmo, mas um processo pelo qual a humanidade precisa passar para retornar à sua essência verdadeira. Nesse ponto, terá atingido a necessária liberdade para se transformar no que achar apropriado dentro das circunstâncias existentes. (MARTINS, 2009, pág. 445). 

Como Schiller, podemos dizer que faz parte da educação de um povo a inserção na cultura através da aprendizagem estético filosófica, cabe ao professor de filosofia apresentar obras que modificaram o modo de pensar de uma geração e ao mesmo tempo, que tenha contribuído para denunciar uma atrocidade contra os Direitos Humanos, como a obra de Pablo Picasso, Guernica.

PICASSO, Pablo. Guernica, 1937. Museu Nacional Centro de Arte Rainha Sofia, Madri.


Referência:
Aranha, Maria Lúcia de Arruda. Filosofando: Introdução à Filosofia/ Maria Lúcia de Arruda Aranha, Maria Helena Pires Martins. – 4. Ed. – São Paulo: Moderna, 2009.
Picasso, Pablo. Abril Coleções; tradução de José Ry Gandra. – São Paulo: Ed. Abril, 2011.
Tharrats, Joan-Josep. História Geral da Arte, Ed. Del Prado, 1995, Espanha.


[1]  Paul Valery, História Geral da Arte, Ed. Del Prado, 1995, Espanha.




Um comentário:

  1. Ei, muito boa a postagem. Parabéns! :-)
    Talvez tenha interesse em ver nossos posts sobre lipo de papada e vasos decorativos. Obrigado! ;-)

    ResponderExcluir