Aula 1 de Estética.
Conceito
e história do termo: Embora a arte faça parte do mundo humano desde a
Pré-história e tenha ocupado lugar de grande importância em todas as
civilizações, a palavra estética só
foi introduzida no vocabulário filosófico em 1750 pelo filósofo alemão
Alexander Baumgarten.
Etimologia:
Estética. Do grego aisthesis, significa “faculdade de sentir”, “compreensão pelos
sentidos”, “percepção totalizante” ( perceber o todo).
Segundo
Baumgarten a estética é a
experiência sensível, e a partir do estudo da estética podemos desenvolver uma
“ciência do sensível” (experiência) pensando o sensível segundo um critério.
Podemos
dizer que a estética é uma reflexão
filosófica enquanto uma experiência do sensível.
Não
há experiência estética sem o sensível. Este sensível nos leva a procurar
conhecer o conceito de arte, mas não é qualquer sensível, mas aquele que a obra
de arte nos apresenta.
Seguindo
alguns critérios, podemos iniciar esta experiência ou este movimento, que nos
levará à experiência estética:
1)
Observação
[ observar com atenção]
2)
Descrever
[ tentar passar a real figura da obra de arte com palavras]
3)
Interpretar
[ deve basear-se nos elementos da obra]
4)
Avaliação
estética [ atribuir valor: falar sobre as qualidades da obra]
5)
Reflexão
filosófica [ pensar sobre a obra e sobre o que ela significa]
Segundo
Paul Valéry[1], “A superioridade do homem
sobre os restantes seres da natureza, é devida aos seus pensamentos inúteis”.
É
na inutilidade da arte que fazemos a diferença, buscando a contemplação ou a
expressão do que sentimos. A obra de arte nos oferece meios para purificarmos
nosso “espírito”, ou alimentar a nossa “mente”.
Exercício de
reflexão
Apesar
do valor intrínseco da arte, a educação estética para Schiller não é um fim em
si mesmo, mas um processo pelo qual a humanidade precisa passar para retornar à
sua essência verdadeira. Nesse ponto, terá atingido a necessária liberdade para
se transformar no que achar apropriado dentro das circunstâncias existentes. (MARTINS,
2009, pág. 445).
Como
Schiller, podemos dizer que faz parte da educação de um povo a inserção na
cultura através da aprendizagem estético filosófica, cabe ao professor de
filosofia apresentar obras que modificaram o modo de pensar de uma geração e ao
mesmo tempo, que tenha contribuído para denunciar uma atrocidade contra os
Direitos Humanos, como a obra de Pablo Picasso, Guernica.
PICASSO,
Pablo. Guernica, 1937. Museu Nacional Centro de Arte Rainha Sofia, Madri.
Referência:
Aranha,
Maria Lúcia de Arruda. Filosofando: Introdução à Filosofia/ Maria Lúcia de
Arruda Aranha, Maria Helena Pires Martins. – 4. Ed. – São Paulo: Moderna, 2009.
Picasso,
Pablo. Abril Coleções; tradução de José Ry Gandra. – São Paulo: Ed. Abril,
2011.
Tharrats,
Joan-Josep. História Geral da Arte, Ed. Del Prado, 1995, Espanha.
Ei, muito boa a postagem. Parabéns! :-)
ResponderExcluirTalvez tenha interesse em ver nossos posts sobre lipo de papada e vasos decorativos. Obrigado! ;-)